Uma cidade pacata, que poderia ser em qualquer lugar do planeta, onde nada de extraordinário acontece, é transformada completamente pela passagem de um rinoceronte. Sem entenderem a procedência do paquiderme, as pessoas começam a entrar em conflito, enquanto a fera se prolifera incontrolável e misteriosamente. Aos poucos, começam a se dar conta de que são os próprios vizinhos, colegas e familiares que estão se transformando em rinocerontes, como uma epidemia. Todos são afetados, um a um. São cooptados a se tornarem feras, seja por violência, contágio, sedução, ou simples desistência. Apenas um homem irá resistir.
“O Rinoceronte” apresenta o horror atemporal do que Ionesco chamou de histeria coletiva. Escrita em 1959, na França, a peça é tida como uma parábola à invasão do fascismo na Europa e ao pensamento de massa que seguiu assombrando a sociedade, ainda no período pós-guerra. No entanto, a sensação de angústia metafísica pelo absurdo da condição humana, continua presente, como se vivêssemos um eterno pós-guerra; ou uma guerra sem fim. Neste cenário de tanta transformação no mundo, o texto permanece aberto para novas e surpreendentes interpretações, tão atual como uma notícia de jornal.
TEMPORADA 20•21•25•26•27 OUT
|sexta e sábado 21h|
|domingo e segunda 20h|
* estreia domingo
Valor: contribuição consciente
Lotação: 60 lugares
Classificação etária: 16 anos
Duração: 90 minutos
Local: Sede das Cias – Escadaria Selarón, Rua Joaquim Silva, 91 – Lapa (RJ)
FICHA TÉCNICA
Autor: Eugène Ionesco
Direção: Ricardo Santos
Assistente de Direção: Raphael Giammattey
Elenco: Alex Teixeira, Alexandre Braga, Camila Koschdoski, Daniel Vargas, Jhully Steffany, Jorge Hissa, Jovan Ferreira, Juliane Cruz, Letícia Machado, Luanna Rocha, Patrick Magalhães, Pri Helena, Rebeca Figueiredo, Rodrigo Lima, Samuel Vieira, Wayne Marinho, William Pavanelli, Yago Azevedo e Vitor Pol.
Cenografia/Figurino: Contágio Coletivo
Iluminação: Hebert Said – convidado
Direção Musical: Rodrigo Marçal – convidado
Fotografia: Gabi Castro