Em curta temporada no Brasil para uma residência artística, a francesa StelH apresenta sua pintura molecular, em Petrópolis, após criar obras em conjunto com artistas da cidade e do Rio. A mostra “Miscigenação” acontece no Centro Cultural da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase), na serra fluminense, até dia 17 de agosto, reunindo trabalhos de StelH, Ana Clara Guinle, Doug, Gardênia Lago, Loan Tammela, Maria Eduarda Gurjão, Sônia Xavier e Claudio Partes (arte e curadoria), além das contribuições dos próprios visitantes.
A ideia é convidar o espectador a se tornar ator e a explorar as próprias sensações nas criações propostas. “Nos inspiramos na pluralidade de identidade do Brasil para criar uma exposição onde a arte se torna alquimia, no intuito de conectar nossas humanidades, para entregar uma mensagem de paz”, conta a francesa.
Nome artístico de Estelle H., StelH nasceu em 1973, em Montauban, no Sul da França, e chegou à arte como autodidata. A artista utiliza materiais inusitados, como vinho, rosas, areia e vela. “As moléculas do vegetal interagem com a tela, as suas cores evoluem com o tempo de acordo com as interações químicas. As moléculas, em movimento, entram em diálogo, têm vida própria. O aleatório se imiscui nas peças de forma que surja a ordem ocultada na desordem aparente do real”, diz StelH.
O curador da mostra “Miscigenação”, Claudio Partes, ressalta que a proposta pretende proporcionar, principalmente, a troca de experiências artísticas, técnicas e culturais entre StelH e artistas brasileiros. “Outro aspecto importante é o centro cultural de uma instituição de ensino promover essa aproximação e intercâmbio, que gera uma troca envolvendo artistas e público”, destaca o artista plástico. “Todo o processo reforça também o papel da arte como fator importante na formação do estudante e do cidadão”, acrescenta Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão da faculdade.