Após a temporada de estreia em janeiro deste ano no SESC Tijuca, “A Menina e a Árvore” está de volta aos palcos e se apresenta de 05 a 26 de agosto no Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, em Santa Teresa. As sessões acontecem somente aos domingos sempre às 11h.
A montagem, com dramaturgia e direção de Matheus Lima, segue a mesma linguagem cênica que consagrou o primeiro espetáculo do grupo, “Hominus Brasilis”(2014), e acontece todo em uma pequena plataforma de madeira retangular com 2 metros de largura por 1 metro de comprimento. A empreitada conta com a parceria do Bando de Palhaços.
Sem cenários, adereços ou qualquer recurso cênico, os atores – Dio Cavalcanti, Helena Marques, Mariana Fausto e Tiago Quites – fazem uso do teatro físico, da pantomima, da palhaçaria e da sonoplastia vocal ao vivo para contar a encantadora história de uma menina que vive em uma fazenda com a mãe, irmão e avô, mas, inquieta, não se contenta em brincar sempre no mesmo lugar e decide um dia ir para além da porteira de sua fazenda em uma aventura pelo inesperado.
Durante sua jornada, impulsionada por sua intuição, pelas pistas que a natureza oferece e pelos familiares que aparecem sempre em seus pensamentos, dando-lhe conselhos e incentivando-a a seguir adiante, a menina encontra uma planta murcha, caída, mas com algo de especial. Daí em diante ela mergulha em um universo desconhecido na tentativa de salvar a pequena grande árvore. No caminho, desbravado com muita coragem, curiosidade e descoberta, passa por montanhas íngremes, riachos, encontra peixes, pássaros e uma floresta soturna cheia de mistérios.
“A linguagem da plataforma se apresenta muito potente para o universo infantil. Essa forma como a gente conta a história propõe um jogo que é a especialidade das crianças: o jogo onde todos podem ser tudo, desde que estejamos todos a favor da história! Na peça, os atores são personagens, mas também animais, objetos, elementos da natureza, efeitos especiais! O público embarca de imediato nas aventuras da menina porque se identifica, se projeta e também porque, e principalmente, se sente parte da aventura”, afirma Matheus.
O figurino, assinado por Camila Nhary, traz para o palco essa atmosfera de cidadezinha do interior, da roça, inspirado na paleta de cores do pôr do sol misturando laranja, vinho e tons de roxo. O visagismo, de Mona Magalhães, arremata essas influências dando um tom ainda mais de fantasia, deixando evidente para o espectador que os quatro personagens fazem parte da mesma família (através de características similares).
“A peça suscita também perguntas e reflexões sobre temas e sentimentos que atravessam todo ser humano. O que esta menina inquieta, inteligente, corajosa e imaginativa encontrará do outro lado do rio, depois dos limites das terras? O que a aguarda nestes caminhos tão perigosos e cheios de armadilhas? Valerá a pena para a menina ter enfrentado tantos obstáculos? O que existe para além do que já é conhecido?”, finaliza Matheus, acrescentando que, embora o grupo não tenha a pretensão de se tornar uma Cia que investiga apenas a linguagem da plataforma, entende que a técnica ainda oferece muitas possibilidades de pesquisa e aprofundamento, sendo que um dos desdobramentos para esta montagem está no fato de agora seguirem por uma história única e linear, diferente do “Hominus Brasilis”, que apresentava cenas curtas da História universal, conhecida por todos.
O espetáculo “A menina e a Árvore” sela também a parceria da Cia com o grupo carioca Bando de Palhaços, com o objetivo de utilizar a técnica da plataforma e a linguagem da palhaçaria como bases de sua encenação, mantendo as características específicas de cada grupo (Cia Manual e Bando, respectivamente) e encontrando novas fusões entre elas, fortalecendo ainda mais as potências que estas duas linguagens já têm com o público infantil.
SINOPSE
Uma menina que, cansada de brincar sempre em sua fazenda, decide um dia ir para além da porteira. Durante sua jornada, guiada por sua intuição e pelas pistas que a natureza oferece, encontra uma planta murcha, caída, mas com algo especial. Daí em diante a menina mergulha em um mar de aventuras na tentativa de salvar a pequena grande árvore.
SOBRE A CIA DE TEATRO MANUAL
A Cia de Teatro Manual nasceu em 2011, após os atores Matheus Lima e Helena Marques conhecerem, em 2010, a técnica da linguagem da plataforma, em um curso de especialização na LISPA – Escola Internacional de Artes Cênicas de Londres. De volta ao Brasil, o casal se juntou a Dio Cavalcanti e Patrícia Ubeda e durante três anos se dedicaram ao estudo do formato e à pesquisa do espaço cênico e do corpo expressivo, até chegarem ao espetáculo de estreia “Hominus Brasilis”, em 2014, indicado aos Prêmios Shell de Melhor Direção e Cesgranrio na categoria Especial pelo Estudo sobre o Espaço Cênico através da Plataforma. Com “Hominus Brasilis”, a Cia representou o Brasil também nos festivais internacionais Chicago Physical Festival (EUA – 2016), FETI Buenos Aires (Argentina – 2017) e Beijing Comedy Week (China – 2017).
SERVIÇO
“A Menina e a Árvore“
Temporada: 05 a 26 de agosto
Dia\hora: domingos às 11h
Local: Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas
Endereço: Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa.
Telefone: 2215-0621
Valor: R$30(inteira)\R$15(meia)
Capacidade: 86 lugares
Faixa etária: livre
Duração: 45 minutos
Ficha Técnica:
A Menina e a Árvore
Idealização: Cia de Teatro Manual
Parceria: Bando de Palhaços
Dramaturgia e Direção: Matheus Lima
Direção Musical: Helena Marques
Elenco:
Dio Cavalcanti: irmão
Helena Marques: menina
Mariana Fausto: mãe
Tiago Quites: avô
Colaboração Artística: Ana Carolina Sauwen, Julio Adrião, Pablo Aguilar e Silvana Lima
Figurino: Camila Nhary
Assistente de figurino: Julia Faria
Iluminação: Ana Luzia de Simoni
Visagismo: Mona Magalhães
Design Gráfico: Thaís Gallart
Assessoria de imprensa: Lyvia Rodrigues \ Aquela que Divulga
Fotografia: Renato Mangolin
Direção de produção: Pagu Produções Culturais
Realização: Cia de Teatro Manual e Pagu Produções Culturais