O Teatro Glauce Rocha recebe de 03 de agosto e 02 de setembro a temporada de estreia do espetáculo “Pança”, com sessões de quarta a domingo sempre às 19h.
A tragicomédia de Leo Lama, com atuação de Beto Magnani, se inspira na forte ligação entre Dom Quixote de La Mancha e seu fiel escudeiro Sancho Pança, personagens de Miguel de Cervantes, para evidenciar as mazelas das relações de poder em nossa sociedade. A montagem é uma parceria com a Quadrilha de Teatro Notívagos Burlescos, companhia teatral de Botucatu, interior de São Paulo, coordenada por Robert Coelho, que assina a direção do espetáculo.
Pança, que conduz toda a narrativa, é o segundo homem mais importante da maior potência econômica do planeta, braço direito do todo poderoso Dom Quixote. Sua tarefa é explicar para os iniciantes, aspirantes ao poder, quais são as regras do jogo. Pança passa pelo moedor grandes pedaços de carne diante de seus ouvintes, ao mesmo tempo em que esmiúça, com humor e requintes de crueldade, o funcionamento da economia mundial, a decadência do Estado de direito e a instabilidade das relações humanas em sua forma mais bruta.
“Há uma atmosfera ritualística. Ele corta e moe pedaços de carne e prepara um hambúrguer, que é assado em uma churrasqueira elétrica e consumido enquanto conta as histórias de seu idolatrado chefe Dom Quixote. O lugar é indefinido, pode ser um açougue, uma sala qualquer de uma comunidade ou um beco de rua”, explica Magnani, acrescentando que ao texto somam-se referências “Kafkianas” e “antropofágicas”, como, por exemplo, o boato de que Pança pode virar um cachorro.
A dramaturgia de Leo Lama expõe também o formato de funcionamento do tráfico de cocaína. Das hierarquias à logística, passando pelas consequências do produto na vida dos consumidores, a narrativa detalha a brutalidade desse submundo. Não há juízo de valor e sim um lúcido olhar sobre o tráfico como um modelo de negócio potente e estável, imune à crises da economia mundial, mesmo na ilegalidade, onde há, como em qualquer outra atividade econômica, consumidores, vendedores, produtores e investidores.
SINOPSE:
Pança é o segundo homem mais importante da maior potência econômica do planeta, braço direito do todo poderoso Dom Quixote. Sua tarefa é explicar para os iniciantes, aspirantes ao poder, quais são as regras do jogo. Pança passa pelo moedor grandes pedaços de carne diante de seus ouvintes, ao mesmo tempo em que esmiúça, com humor e requintes de crueldade, o funcionamento da economia mundial, a decadência do Estado de direito e a instabilidade das relações humanas em sua forma mais bruta.
SERVIÇO
“PANÇA”
Temporada: 03 de agosto a 02 de setembro de 2018,
Local: Teatro Glauce Rocha –
Endereço: Av. Rio Branco, 179, Centro
Tel: (021) 2220 0259
Dia\hora: quarta a domingo, 19h.
Ingressos: R$30 inteira /R$15 meia (aceita cartões)
Capacidade: 202 lugares
Faixa etária: 14 anos
Duração: 55 minutos
FICHA TÉCNICA
Gênero: tragicomédia
Atuação: Beto Magnani
Texto: Leo Lama
Direção: Robert Coelho
Assistência de Direção: Johnny Faustino
Desenho de Luz: Osvaldo Gazotti
Trilha Sonora: Fernando Vasques
Cenário: Silvia Mokreys
Figurino: F.F. Kokocht
Assistência de Figurino: Gilda Vandendrande
Fotografia e Vídeo: Gabriel Seabra
Identidade Visual: Magú
Direção de Produção: Gabriela Fiorentino
Produção Executiva: Ton Prado e Johnny Faustino
Produção: Charge Produções Artísticas:
Realização: Quadrilha de Teatro Notívagos Burlescos
Produção Rio de Janeiro: Ana Barros
Assessoria de imprensa: Lyvia Rodrigues ( Aquela Que Divulga)
BETO MAGNANI – ATOR
Beto Magnani é um dos fundadores da companhia paulistana “Pessoal do Faroeste”, onde atuou nos espetáculos “Um Certo Faroeste Caboclo”, “Re-Bentos”, “O Indio”, “Cine Camaleão”, “Homem não Entra” e “Borboleta Azul”. Ao lado do seu pai (o ator Umberto Magnani) atuou em “O Jogo”, texto e direção de Reinaldo Maia, e “Uma Vida no Teatro”, de David Mamet e direção de Francisco Medeiros. Integrou também, entre outros, o elenco de “Suburbia”, de Eric Bogosian e direção de Francisco Medeiros; “A Mulher Sem Pecado”, de Nelson Rodrigues e direção de José Rubens Siqueira; “Enfim Sós”, de Lawrence Roman, adaptação de João Bithencourt e direção de José Renato; “Nossa Cidade”, de Thorton Wilder e direção de Eduardo Tolentino de Araújo (Grupo Tapa); e “Tronodocrono”, de José Rubens Siqueira e direção de Francisco Medeiros, espetáculo que lhe deu o Prêmio Apetesp de ator revelação e indicação para o prêmio Mambembe na mesma categoria. Atuou também no Circo de Teatro Tubinho por dois anos, com repertório de espetáculos populares em turnê pelo interior do estado de São Paulo. Na televisão atuou em “As Pupilas Do Senhor Reitor”, novela do SBT; “Era uma Vez Leila”, série Retrato de Mulher da Rede Globo; e “Lua de Cetim”,tele-teatro da TV Cultura. No cinema atuou em Jogo Duro – roteiro e direção de Ugo Giorgetti, além de alguns curtas metragens.
LEO LAMA – AUTOR
Leo Lama é dramaturgo, diretor, escritor e roteirista. Estreou como autor de teatro aos 21 anos, com a peça “Dores de Amores”, com Malu Mader e Taumaturgo Ferreira, sucesso de critica e publico por quatro anos em todo o Brasil. Foi também montada em outros países e teve adaptação para cinema em 2012, com Milhém Cortaz e Fabíula Nascimento. “Dores de Amores” também lhe deu os prêmios Moliere e Mambembe de melhor autor de 1989. Pela Companhia Solitária, criada por ele, montou os textos “Videoclip Blues”, “Prisioneiro de uma Canção” (parceria com seu pai Plínio Marcos), “O Perdido Coração do Cristo” e “Baudelaire – O Pai do Rock”. Escreveu também outros espetáculos de destaque como “Perdidos na Praia” (que teve direção de Fauzi Arap), “Bang-Bang, Quando os Revólveres Não Matam”, “O Beijo da Última Hora”, “O Amor de Madalena por Jesus”, “O Primeiro Dia Depois de Tudo” e “As Putas”. Dirigiu alguns programas na TV Record, entre eles “Domínio Público”. Atualmente desenvolve um projeto musical intitulado “Canções de Lama e Amor” e escreve seu primeiro romance.
ROBERT COELHO-DIRETOR
Robert Coelho é diretor de teatro e vídeo e dramaturgo. Um dos fundadores da Quadrilha de Teatro Notívagos Burlescos, onde escreveu e dirigiu diversos espetáculos, entre eles “Elevador”, “Fidelis”, “Foi Ali”, “Teatro em Pílulas” e “A La Carte”. Formou-se em direção teatral em 2001 pelo Conservatório de Tatuí. Participou de workshops e oficinas de direção com Eugenio Barba, José Renato, Luís Laranjeiras e Reginaldo Nascimento; e oficinas de dramaturgia com Mário Bortolotto e grupo XPTO. Foi assistente de Direção de “Re-Bentos”, de Paulo Faria, com a Companhia Pessoal do Faroeste e de Cibele Forjaz no processo de criação da peça “Vemvai – O Caminho dos Mortos” da Cia. Livre. Foi coordenador geral de atividades durante os quatro anos de funcionamento do Ponto de Cultura Espaço dos Notívagos, onde também coordenou cursos de iniciação teatral, interpretação e audiovisual. Realizou diversos curtas metragens, entre eles “Prazer do silêncio”, como coautor e codiretor; “Rebus Filme Nº2”, como roteirista e editor; “A Quadrilha”, como coautor, codiretor e diretor de fotografia; “Olhares na Cidade”, como roteirista e diretor; “Camões ao Alto”, como codiretor e diretor de fotografia; e “Cinemorfose”, como roteirista e ator.